Inhotim abrirá o pavilhão de Claudia Andujar em outubro. Além da fotógrafa suíça naturalizada brasileira, o escultor dinamarquês Olafur Eliasson deve ser o próximo a ter um espaço exclusivo.
Representação do estado de transe durante ritual xamânico. Foto: Claudia Andujar
Instituto Inhotim é um museu a céu aberto de arte contemporânea idealizado pelo empresário Bernardo Paz. Localizado na fazenda da família de Bernardo, Inhotim fica na cidade de Brumadinho, a cerca de uma hora de Belo Horizonte. No vasto espaço de área verde do Instituto convivem obras de arte contemporânea e espécies raras de vegetação. Além de mostras temporárias, artistas selecionados tem um prédio exclusivo no local onde a sua obra fica em exposição permanente. Estas construções são chamadas de pavilhões e em outubro a artista Claudia Andujar deve se juntar a Tunga, Lygia Pape, Hélio Oiticica e outros. A nova instalação foi adiada em mais de um ano e o espaço de Olafur Eliasson, que também deveria ser inaugurado em setembro do ano passado, agora não tem mais previsão.
Claudia Andujar chega a Inhotim com uma vasta coleção de seus trabalhos feitos na Amazônia. Estarão em seu pavilhão o primeiro contato om os índios, a série Marcados, e também o trabalho mais atual, em que retrata os mesmos índios já familiarizados com o homem branco. Em Marcados, a fotógrafa liga sua infância na Hungria durante a Segunda Guerra, na qual viveu o horror dos judeus marcados com a estrela de David amarela, ao início da década de 80, quando participou de um projeto para salvar a população indígena, no qual lhe cabia marcar os indivíduos para que fossem identificados.
“Viewing machine”, o caleidoscópio de Olafur Eliasson que possibilita visões inusitadas de Inhotim.
O próximo pavilhão a ser inaugurado deve ser o de Olafur Eliasson, um prédio-obra que mistura arquitetura e escultura. Desenhado pelo próprio artista em estrutura circular, a construção irá captar a luz natural e projetá-la ao longo de uma linha na altura dos olhos. A ideia é produzir raios coloridos e concentrá-los na forma de um horizonte denso e artificial. Tanto Olafur quanto Claudia já tinham obras avulsas em Inhotim.
Inaugurado em 2006, o Instituto está em constante expansão. Desde que abriu ao público, o museu desenvolve maneiras de facilitar o acesso. Estão nos planos um hotel, um spa e até um aeroporto. Atualmente, para chegar a Inhotim sem carro ou excursão, é possível utilizar um ônibus de ida e volta que vai diretamente da rodoviária de Belo Horizonte até o Parque.
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