Mulheres em Cena apresenta filmes de premiadas diretoras latino-americanas

set 21, 2016 Cinema, Entretenimento

Começa hoje, no Centro Cultural Banco do Brasil, a mostra de cinema Mulheres em Cena, que traz produções de premiadas diretoras latino-americanas. As sessões ocorrem todos os dias, até 10 de outubro, com ingressos a R$ 10 (R$ 5 a meia), com vendas iniciando uma hora antes da sessão.

A proposta de Mulheres em Cena é apresentar o cinema com um olhar feminino. Serão exibidas 20 produções com diretoras latino-americanas contemporâneas. As brasileiras Anna Muylaert e Tata Amaral, a argentina Lucrecia Martel, a peruana Claudia Llosa, a venezuelana Mariana Rondón e a chilena Marialy Rios estão presentes.

As temáticas dos filmes escolhidos são, principalmente, a diversidade sexual, a discriminação da mulher e contextos políticos e sociais. O destaques são “Que horas ela volta” (2015) da paulista Muylaert, “A mulher sem cabeça” (2008) de Martel, “Maidenusa” (2005) de Llosa e o filme vencedor do Festival San Sebastian 2013, “Pelo Malo” de Rondón.

Mulheres em Cena – Os Filmes

“Que horas ela volta” (Anna Muylaer, Brasil, 2015) – Val é uma mulher nordestina que deixa sua filha com parentes em Pernambuco para trabalhar como babá em São Paulo, se tornando uma segunda mãe para o menino Fabinho. O filme começa quando sua filha vai para a cidade prestar o vestibular, e sua personalidade faz com que questione os papéis da sociedade.

Exibição: 21/9, às 17h; 5/10, às 17h

“Maidenusa” (Claudia Llosa, Pero, 2005) – Em um povoado nas montanhas do Peru, tudo é permitido entre a sexta-feira santa e o domingo de Pascoa. Os nativos acreditam que Deus está morto nesse período, e não existe pecado.

Exibição: 21/9, às 19h30; 3/10, às 19h30

“Um céu de estrelas” (Tata Amaral, Brasil, 1997) – Uma cabelereira ganha um concurso de penteados e, como prêmio, uma viagem para Miami. No dia de sua partida, seu ex-noivo invade sua casa, transformando ela e sua mãe idosa em reféns.

Exibição: 22/9, às 17h; 2/10, às 18h

“A mulher sem cabeça” (Lucrecia Martel, Argentina, 2008) – Uma mulher atropela algo desconhecido e não desce do carro para verificar o que é, pessoa ou animal, e se está ferido ou morto. Essa incerteza começa a desconectá-la da realidade.

Exibição: 22/9, às 19h30; 8/10, às 18h

“A memória que me contam” (Lúcia Murat, Brasil, 2012) – Um grupo de amigos se reencontram na sala de espera de um hospital, pois sua amiga em comum (que foi ícone da resistência a ditadura militar no Brasil). Uma dessas pessoas é uma diretora de cinema que está perdida com a iminente morte da amiga e a prisão de seu marido.

Exibição: 23/9, às 17h; 9/10, às 18h

“O Pântano” (Lucrecia Martel, Argentina, 2001) – Duas famílias, uma de classe média urbana e outra de produtores rurais em decadência, se cruzam na província de Salta, onde nada acontece, mas tudo está para explodir.

Exibição: 24/9, às 14h; 10/10, às 17h

“Pelo malo” (Mariana Rondón, Venezuela, 2013) – Com seu cabelo crescendo cada vez mais crespo, menino de 9 anos se preocupa em alisá-lo para foto na escola. Sua mãe começa a se preocupar que isso indica que ele pode ser homossexual.

Exibição: 24/9, às 16h; 7/10, às 17h

“Trago comigo” (Tata Amara, Brasil, 2004) – Diretor de teatro, que foi preso durante a ditadura militar, não lembra do período em que esteve no cárcere. Para descobrir o que aconteceu, decide criar uma peça de teatro, com ajuda de um jovem elenco.

Exibição: 24/9, às 18h; 1/10, às 20h; 6/10, às 17h

“Mãe só tem uma” (Anna Muylaert, Brasil, 2016) – Adolescente, após uma denúncia anônima, descobre que foi roubado na maternidade. Precisa então mudar de família, nome e escola, isso durante as descobertas da juventude.

Exibição: 24/9, às 20h; 29/9 às 17h; 3/10, às 17h

“Quase dois irmãos” (Lucia Murat, Brasil, 2004) – Na década de 70, tantos presos políticos quanto criminosos comuns cumpriam pena na Penitenciária da Ilha Grande, na Costa do Rio de Janeiro. O conflito e o aprendizado entre esses dois lados criou o Comando Vermelho, que domina o tráfico de drogas da cidade.

Exibição: 25/9, às 18h; 30/9, às 17h

“Hamaca Paraguaya” (Paz Encina, Paraguai, 2006) – Um casal de camponeses espera pelo retorno de seu filho, pela chuva e por dias melhores. Filme se passa no ano de 1935.

Exibição: 26/9, às 17h; 10/10, às 19h30

“Chega de saudade” (Laís Bodanzky, Brasil, 2008) – Filme acompanha o dia de um baile de um salão de dança de São Paulo, e seus frequentadores.

Exibição: 28/9, às 17h; 1/10, às 14h

“A teta assustada” (Claudia Llosa, Peru, 2009) – Mulher sofre com uma doença rara conhecida como “teta assustada” nos Andes. A crença local é que se trata de uma doença de filhos e filhas de mães maltratadas durante a gravidez.

Exibição: 28/9, às 19h30; 9/10, às 16h

“Postais de Leningrado” (Mariana Rondón, Venezuela, 2007) – Filha de uma guerrilheira, menina narra um filme onde ela e seu primo são guerrilheiros e super-heróis para reinventar a realidade a seu redor. Esses jogos, porém, são incapazes de esconder as atrocidades que acontecem no país.

Exibição: 29/9, às 19h30; 9/10, às 14h

“Hoje” (Tata Amaral, Brasil, 2013) – Ex-ativista política recebe compensação financeira pelo seu marido, que desapareceu durante a ditadura militar. Um estranho visitante a obriga a rever sua história.

Exibição: 1/10, às 16h; 8/10, às 16h

“A menina santa” (Lucrecia Martel, Argentina, 2003) – Um grupo de adolescentes místicas se preocupa com seu papel no plano divino. Quando um prestigiado médico abusa de uma das adolescentes, seu mundo desaba diante da missão sagrada dela.

Exibição: 1/10, às 18h; 6/10, às 19h30

“Jovem aloucada” (Marialy Rivas, Chile, 2012) – História do despertar sexual de uma adolescente bissexual. Através do anonimato da internet, ela consegue expressar sua sexualidade mesmo em uma restrita educação evangélica.

Exibição: 8/10, às 20h